segunda-feira, abril 12, 2010

RIO PRETO NO MATO
O matagal toma conta do Parque Setorial, especialmente no setor daquele vasto terreno vago. Domingo, tinha até caixa de marimbondo perto da pista de cooper e teve uma criança que levou ferroadas. Nas obras das avenidas, em ritmo tartatuga, os operários trabalharam o tempo todo de chinelo de dedo, mexendo com enxada. As intermináveis interdições deixam o trânsito mais caótico do que já estava. Sobre a saúde, nem vou falar. O Fabricio (blog, veja nota abaixo), já falou tudo.
Adendo: sim, o garoto que levou as ferroadas é meu filho (peço desculpas aos eventuais leitores pelo "corporativismo"). Nada grave, graças a Deus. E que Deus nos livre da dengue. Amém.

7 comentários:

Diego Martino disse...

Sr. Milton com todo respeito, mas acredito que culpar o poder público pelo incidente com vosso filho é forçar a barra demais. Seria a mesma coisa que, na outra ponta, eu atribuísse totalmente a culpa ao senhor pela falta de atenção dos responsáveis pela criança no momento do acidente. Os marimbondos fazem parte daquele lugar. É inevitável sair à caça de caixas de marimbondos em todas praças , casas e chácaras existentes na cidade. Acredito, que às vezes as pessoas preferem achar um culpado para apenas se eximirem da própria culpa. Vc não precisa se desculpar pelo corporativismo. Isso apenas é a atitude de um bom pai. E que bom que nada de grave aconteceu. Que esse lamentável fato sirva como experiência e aprendizagem que buracos existem, marimbondos fazem suas caixas nas árvores, assim como as aranhas fazem as suas teias, assim como as moscas voam e o mundo gira. Basta apenas pararmos de olhar para os nossos próprios umbigos. Talvez se o Sr. prestasse mais atenção nisso tudo, saberia antever na copa de uma árvore possa haver uma caixa de marimbondo e teria orientado o guri a tomar cuidado. A vida ensina muitas vezes de forma dolorosa. Boa tarde.

Milton disse...

Certo, Diego, você tem razão em tudo que afirmou. Não posso exigir que você me entenda com base apenas no que eu escrevi, sem ter estado lá e sem conhecer as circunstâncias.

Ricardo Rafael Gonzalez - SJRio Preto disse...

Descabina e inoportuna comparação feita pelo respeitável autor deste nobre espaço virtual. Caminho todos os dias no Pq Setorial e também reconheço que o mato está alto, também com esta chuva não tem verde que não agradeça. Por outro lado, sempre soube respeitar o espaço da fauna e flora que ali habina, mesmo que, tida por muitos insignificante. Se vejo uma caixa de abelhas na árvore ou até mesmo caída no chão (se está no solo é porque alguém derrubou) passo a uma distância segura. Isso é respeito pelo pouco que resta da natureza entre nós. Não vou entrar no mérito sobre de quem é a culpa do ocorrido. Apenas não podemos esquecer que se existe um desequílibrio e este desequílibrio causa incidentes como o das ferroadas do garoto, é porque o homem já invadiu demais o meio ambiente. O que podemos fazer agora é somente respeitar o pouco que resta, seja uma caixa de marimbondo, seja as capivaras na represa. Agora, se me permitir, gostaria de esclarecer uma dúvida: quem é o Sr. Fabrício que o Sr. cita no texto. Ele também foi ferroado no parque setorial?

Milton disse...

Ricardo, não dá para saber qual é a distância segura. É um local em que todo mundo passa toda hora, porque ali é uma pista de cooper praticamente "colada" no tal mato. Quanto ao Fabricio, a identificação dele está no blog, pelo link indicado na nota abaixo.

Sebastião da Silva Fermino disse...

Encontrei um pouco de exagero no texto do Sr. Milton sobre as ferroadas no garoto. Quem é de uma geração como eu, que quando criança trepava em goiabeira e nadava em rio se cansou de "tacar" pedra em caixa de marimbondo e correr. Quase sempre não escapávamos de umas boas ferroadas. Estou vivo e bem, além de carregar esta agradável lembrança. Temos de agradecer que ainda existam marimbondos, que mostram que ainda existe um pouco daquele período bucólico de Rio Preto. Não sei se o autor do texto quis usar este fato para atingir ou criticar a administração ou até agradar o Sr. Fabrício. Mas infelizmente a comparação foi quase infantil. Se formos levar a sério este tipo de colocação teremos de culpar os governantes por cada criança picada por formigas "lavapés" existentes em quase todo terreno que conheço. E como dói a mordida desta bichinha. Do mais, agradeço por me levar ao passado ao contar sua história. Com certeza, um dia seu filho também contará aos filhos dele que quando morava em rio preto brincava perto de um lugar onde existia lago, mato e marimbondo e que já levou umas boas ferroadas. Agradeça o momento, em vez de tentar torná-lo muleta para reclamar do setor público.
Parabéns pelo blog.

Milton disse...

Sebastião, assim você deixa emocionado. Eu não tinha pensado por este lado. Olha, não estou criticando o Valdomiro e a administração pública. Um governo a gente avalia pelo conjunto da obra, não por (discutíveis) questões pontuais. Obrigado pela manifestação.

Anônimo disse...

Milton, o abandono em que se encontra a cidade, é lamentável, o que estava tudo em ordem na saída de Edinho em cerca de 15 meses a atual administração, totalmente despreparada, conseguiu estragar. Rio Preto pode chegar ao Caos Total se isto não mudar.

Temos que fazer nossa parte que é alertar, criticar quando necessário.

Abraços

Vereanca