Subindo para a Elite
(continuação)
Era o dia 30 de abril de 1957 quando o América
iniciava o Campeonato Paulista de Acesso, jogando no estádio “Mário Alves
Mendonça” contra o rival Rio Preto. Contratado pelo presidente José Villanova
Perez, o técnico João Avelino Gomes escalou Vilera, Valter e Fogosa; Adésio,
Bertolino e ele, o Ambrózio; Cuca, Leal, Dozinho, Colada e Urias. O Rio Preto
teve Tonico, Glostora e Xorete; Bem, De Maio e Jair; Enéas, Didié, Miranda,
Alencar e Titio.
Na primeira etapa, Cuca recebeu próximo à área e
procurou escapar. Foi trancado por Jair. O juiz marcou pênalti e Bertolino fez
1 a 0. Quase no final do primeiro tempo, numa falta pela direita do ataque do
Rio Preto, o empate: a bola desceu na área e a defesa ficou parada. Miranda
entrou decidido e acertou bela cabeçada: 1 a 1. O gol decisivo na etapa final:
Ambrózio lançou para a área, Cuca recebeu pelo meio, a defesa ficou indecisa.
Cuca chutou de virada e marcou com um chute baixo no canto: 2 a 1.
A vitória no “derby” embalou o América. Seguiram-se
muitas vitórias e a equipe liderava isoladamente quando iniciou o segundo turno
jogando de novo contra o Rio Preto. Agora, no estádio do adversário, o “Victor
Brito Bastos”, em 16 de julho de 1957.
O rival escalado com Tonico,
Glostora e Xorete; Bem, Alencar e De Maio; Bacurau, Enéas, Didié, Orestes e
Célio. O América, com Vilera, Xatara e Fogosa; Adésio, Bertolino e Ambrózio;
Cuca, Leal, Dozinho, Vidal e Urias. Final, 1 a 0 para o América, gol de Dozinho
aos 8 minutos do segundo tempo, aproveitando uma falha de Xorete, que foi
cortar um cruzamento e chutou o vento.
O América completou uma invencibilidade de 27 partidas
na vitória de 2 a 0, dois gols de Colada, dia 17 de setembro, em Tanabi, mesmo
dia em que o Rio Preto, no estádio “Victor Brito Bastos”, se despedia da
competição com vitória de 2 a 1 sobre o Garça.
Naquele dia, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro,
o prefeito Alberto Andaló recebia das mãos do presidente Juscelino Kubitscheck
o título de “município mais progressista do Brasil”. A homenagem foi conferida
a Rio Preto pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal e Revista
Cruzeiro, considerando o desenvolvimento do município no ano anterior.
Entusiasmado, Andaló anuncia, logo após retornar a Rio
Preto:
– Até o fim do ano inauguro nosso Cristo Redentor aqui
na nossa cidade.
Enquanto o América seguia a caminhada rumo à elite, no
alto da Vila Maceno a Prefeitura erguia uma estátua do Cristo Redentor, réplica
do Cristo do Rio de Janeiro.
Depois de uma pausa e vitória em casa por 2 a 1 sobre
a Portuguesa de Desportos, em jogo amistoso, o América iniciou a fase final com
empate de 2 a 2 diante do Catanduva, em Pindorama. Na sequência, fez 1 a 0 em
casa no Taquaritinga, ganhou de 3 a 1 em Jundiaí, perdeu de 1 a 0 para o São
Bento em Sorocaba e ganhou em Rio Preto de 2 a 0 do Corinthians de Prudente.
No embalo, faz 1 a 0 no Catanduva em Rio Preto,
recepciona o Paulista de Jundiaí com goleada de 4 a 0 e perde de 2 a 1 em
Taquaritinga. Fica a um passo do título da Segunda Divisão de Acesso ao golear
por 6 a 1 o São Bento, de Sorocaba, em Rio Preto.
Depois de muito equilíbrio e igualdade de dois gols ao
final do primeiro tempo, o América vencia o Corinthians prudentino por 3 a 2.
Dois gols de Urias e um de Leal, de pênalti. Plínio marcou os dois do time da
casa. Triunfo do treinador João Avelino, que escalou Vilera, Xatara e Fogosa;
Adésio, Bertolino e Ambrózio; Cuca, Leal, Dozinho, Oscar e Urias.
Aquela vitória consagradora em Presidente Prudente só
não ficou completa porque no mesmo dia o destino foi traiçoeiro. Em 29 de
dezembro, falecia Jesus Villanova Vidal, pai do presidente campeão.
(continua)
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